quarta-feira, 3 de março de 2010

Silvio Santos leva seu modelo de comércio para a telefonia

Ruy Barata Neto (rneto@brasileconomico.com.br)
25/02/10 18:05

Apresentador diversifica e expande suas operações de varejo do Baú da Felicidade. As operadoras de telefonia fixa e móvel que se preparem: Silvio Santos vem aí. O velho estilo de comércio popular do dono do SBT chega ao setor de telecomunicações.

Isso ocorrerá por meio de parceria com a pequena operadora de telefonia fixa Amigo Telecom.

A empresa, que está no mercado desde 1997, tornará viável a venda do novo cartão telefônico do Baú da Felicidade, apresentado ontem pelo Grupo Silvio Santos.

O cartão pré-pago permite que o consumidor, ao ligar para um 0800 administrado pela Amigo Telecom, faça ligações de qualquer orelhão, celular ou telefone fixo do país para qualquer outro número, seja qual for a operadora.

O produto tem escalas diferentes de preços, partindo de R$ 3,77 (20 créditos) até R$ 11,73 (70 créditos).

O diretor administrativo financeiro da Amigo Telecom, Claudinei Quaresemin, não deixa claro a quantidade de tempo que o consumidor poderá falar com 20 créditos - modelo comercial estabelecido para concorrer com os cartões de orelhão da Telefônica.

"Vamos trabalhar com uma tarifa média de R$ 1,70 por minuto", afirma Quaresemin.

Como é de praxe quando o assunto são os negócios de Silvio Santos, vários brindes são agregados a um produto para aumentar o apelo entre os consumidores das classes C, D e E.

O cartão telefônico oferecerá premiação instantânea, um número para sorteios de R$ 1 mil por meio da Loteria Federal e ainda o direito a um seguro de vida para morte acidental, válido por 30 dias.

Além disso, Silvio escalou seu elenco de artistas no SBT para gravar mensagens eletrônicas de atendimento ao usuário. Uma curiosidade:_o famoso locutor Luiz Lombardi Neto gravaria uma dessas mensagens no dia em que faleceu, dia 2 de dezembro último.

O Negócio

O serviço pré-pago demorou 14 meses para ser desenvolvido pela Amigo Telecom. O Baú da Felicidade Crediário, braço varejista do Grupo Silvio Santos, desenhou o modelo de venda. Quem comandou a criação da operação foi Alan Ibrahim Chehade, gerente de produtos e serviços financeiros da empresa do Grupo Silvio Santos.

O executivo, que está há dois anos na empresa, chegou a ter uma representação na área de telecomunicações, que foi fechada antes de sua contratação pelo Baú da Felicidade. "Meu sonhor era criar um tumulto no setor", diz, acrescentando que esse segmento "sempre foi engessado e as operadoras dominantes menosprezam muitos distribuidores".

O negócio demandou investimentos de R$ 60 milhões, 80% feitos pela Amigo Telecom, interessada principalmente em ganhar mercado associada à imagem do apresentador do SBT.

Cada empresa terá uma participação comissionada nas vendas, percentual que é mantido em sigilo. O cartão será comercializado na rede de varejo do Baú Crediário e nas pequenas lojas pelo Brasil, o que inclui farmácias, lotéricas e bancas de revistas.

A ideia é distribuir o produto em 80 mil pontos de venda. A expectativa do diretor de varejo do Baú Crediário, Décio Thomé, é vender R$ 35 milhões por mês em cartões.

Para isso, um verdadeiro arsenal de mídia será usado para divulgar o produto em intervalos comerciais do SBT e em meio aos programas mais populares do canal. O orçamento de mídia gira em torno de R$ 38 milhões.

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