terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A bicicleta comum está fadada a passar por uma transformação high-tech; saiba por quê

Para os amantes da Bike como eu, segue matéria publicada no Blog Gizmodo sobre o futuro das nossas magrelas. Vale a pena conferir a matéria!

Três inovações notáveis estão transformando as mecânicas da bicicleta comum. De fato, estas novas tecnologias podem ser os desenvolvimentos mais significativos na engenharia das bikes desde o próprio surgimento da bicicleta moderna (que substituiu aquela que tinha uma roda muito maior que a outra) no fim do século 19.




Câmbio eletrônico


Dada a penetração dos eletrônicos em todos os aspectos das nossas vidas, o surgimento de um câmbio eletrônico não é nenhuma surpresa. Ele funciona assim: em vez de usar uma alavanca mecânica de troca de marcha, um botão envia um sinal ao desviador e ativa um pequeno motor que providencia uma troca de marcha rápida e confiável. Um servomecanismo ajusta as posições dos desviadores dianteiro e traseiro para que fiquem alinhados da melhor forma possível, produzindo a maior eficiência na transferência de energia. O câmbio eletrônico pode vir em versão com fios, onde o sinal de troca de marcha é transmitido por cabos, ou wireless, fazendo uso de várias frequências. As desvantagens são mínimas. A mais óbvia é que se a sua bateria acabar, você está mais ou menos ferrado. Mas a Shimano estima que a bateria de 7.4 volts na sua linha Dura-Ace Di2 de câmbios dura mais de 1000km por carga.

A outra desvantagem é o preço. O sistema Di2 custa US$ 2.500, e ainda deve demorar uns dois anos para esta tecnologia se tornar mais acessível. Ainda assim, alguns cilcistas já estão usando câmbios eletrônicos hoje em dia: George Hincapie correu em uma Trek Madone com câmbio eletrônico no Tour de France 2009, e a Trek já disponibiliza suportes para bateria e roteamento de cabos em seus quadros de corrida Madone. A Campagnolo lançará o seu kit de câmbio eletrônico em 2011.

Esteiras em vez de correntes

A tradicional corrente que chamamos de correia é um dos pontos fracos de qualquer bike. Uma grande força aplicada sobre um segmento de corrente produz uma desgaste naquele segmento. Com o tempo, os segmentos quebram, e quando isso acontece, você se dá mal. A falha é antecipada pela sujeira e resíduos acumulados por causa da muito necessária lubrificação. A constante troca de marchas também é um grande desgaste.


Aí que entra a esteira, que aumenta a eficiência das engrenagens da bicicleta, ao mesmo tempo em que aumenta a sua durabilidade. Em seu núcleo, é um tecnologia simples, e não muito diferente de uma esteira de transporte. Uma peça única de borracha ou plástico se move ao redor de duas rodas dentadas. Além de aumentar a eficiência energética, a correia não precisa ser lubrificada, por não possuir partes móveis. Pela mesma razão, é improvável que quebre.

Mas e aí, estamos perto de ver essas correias nas nossas bicicletas? Perto o suficiente para a Trek já ter construído o protótipo da imagem acima. A única real desvantagem, além da disponibilidade ainda muito baixa, é que a bicicleta precisa ter um quadro especialmente preparado para um sistema de esteira, já que não é possível retirar e colocar.

Espere ver bicicletas assim em produção em massa ainda no fim deste ano. É uma mudança ideal para o ciclismo urbano.

TCV: Transmissão Continuamente Variável

O maior salto no design de bicicletas vem de uma oficina de pesquisa e desenvolvimento em San Diego chamada Fallbrook Technologies. A sua inovação é a transmissão NuVinci, uma versão para duas rodas de uma das TCVs (Transmissão Continuamente Variável) que já vêm dando mais eficiência a automóveis híbridos.

Em uma bicicleta tradicional, você precisa trocar de marchas dentro de um conjunto limitado de, digamos, 10 ou 18 marchas. Com uma transmissão NuVinci, você ganha uma infinita variedade de proporções de marcha – dentro de um intervalo específico, claro – para combinar perfeitamente a sua energia com a inclinação do terreno.

As TCVs usam bolas que rotacionam e se inclinam posicionadas entre os componentes de entrada e saída de um sistema de marchas. Este arranjo varia progressivamente a velocidade da transmissão, proporcionando opções de marchas lineares e essencialmente infinitas. Comparada com um sistema de engrenagens planas, você também ganha em eficiência, já que não há perda de energia durante uma troca.

Já é possível comprar uma bike equipada com o TCV NuVinci. Mas eu vou esperar. Quero as três novas tecnologias trabalhando em conjunto em uma mesma magrela. Aí sim.

Créditos: http://www.gizmodo.com.br/ - Por George Jones - MaximumPC

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