segunda-feira, 29 de março de 2010

Esta bike é a solução para as enchentes

Vejam que idéia genial e a solução para os dias de chuva e alagamentos pelas cidades! Matéria reproduzida do site gizmodo.com.br! Leiam a matéria e comentem!


    







Nunca na história deste país foi tão difícil se locomover de um ponto a outro. Digo, talvez na época em que só haviam cavalos e os próprios pés, uma viagem trivial de 30 quilômetros poderia ser um transtorno. Hoje, com muitos carros na rua, a coisa não está muito diferente. E quando chove como tem chovido, então, a coisa fica pior.

Um chinês, preocupado com a questão, desenvolveu uma bicicleta que acaba com este problema. Li Jin prendeu oito galões de água, que servem como bóias, e colocou pedais na roda traseira para impulsionar o veículo para frente.

A bike pode andar no asfalto ou na terra e, quando encontra um obstáculo como uma enchente, se transforma em uma bicicleta-anfíbia.

Tá aí um jeito ecológico de andar pela cidade que não deixa você na mão quando houver enchente.

Gravação telefônica feita por um dos interlocutores sem conhecimento do outro é prova lícita

Muita atenção pessoal! Para quem gosta de falar o que não deve pelo telefone, leiam matéria publicada na revista Juris Way sobre gravação de conversa telefônica usada como prova em processos judiciais. Tenham bastante cuidado com o que falam pois, o interlocutor do outro lado da linha pode estar gravando toda a conversa e poderá usá-la contra você em um tribunal. Leiam a matéria e comentem!


TJ-RS - 17/3/2010

Não é considerada ilícita prova feita mediante gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro. Com este entendimento, a 9ª Câmara Cíel do TJRS manteve a obrigação do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS/Sindicato) indenizar em R$ 20 mil uma advogada de Lajeado que foi difamada por dirigentes da entidade, para a qual havia prestado serviços.

A autora da ação narrou que trabalhou como advogada do sindicato de 1983 a 1991, quando foi demitida por justa causa. Afirmou que a alegada justa causa foi afastada pela Justiça do Trabalho. A decisão determinou ainda o pagamento de indenização que foi paga apenas em parte, restando um saldo de RS 300 mil, a ser quitado mediante "chamadas extras" dos sindicalizados.

Contou que muitos professores buscaram explicações sobre as "chamadas extras" junto ao CPERS e que a informação vinha acompanhada de manifestações difamatórias que denegriram sua imagem e atividade profissional, como "máfia dos advogados", "cobranças por fora" e "horas extras sem nunca ter feito". Para comprovar as ofensas, outra pessoa telefonou para o sindicato e gravou o diálogo, que também foi ouvido pela secretária da advogada, por meio de extensão.

Sentença da Juíza Elisa Carpim Correa condenou o sindicato ao pagamento de R$ 20 mil de indenização por dano moral.

No recurso, o CPERS sustentou que a gravação telefônica não poderia ser usada como prova por ser ilegal, uma vez que foi feita sem o consentimento de uma das partes. Questionaram ainda a validade das testemunhas da autora, defendendo que não há prova, portanto, das ofensas narradas.

O Desembargador Tasso Caubi Soares Delabary, relator, apontou que a gravação de conversa é ilícita quando é feita por meio de intercepção telefônica clandestina ou sem autorização judicial. No caso, o diálogo foi gravado por uma das interlocutoras, o que é legal. Enfatizou que, mesmo se considerada ilegal a gravação, as mesmas informações poderiam ser obtidas pelo depoimento da interlocutora, que não é parte na ação.

A respeito da ocorrência do dano moral, citou decisão de 1º Grau avaliando que a conduta profissional da autora foi exposta e denegrida por insinuações e suspeitas, algo que abala qualquer um que preserve seu nome e sua atividade. Salientou que a advogada é atuante na área sindical e, por certo, conhecida além dos limites da cidade Lajeado. O relator votou pela manutenção também do valor fixado anteriormente, de R$ 20 mil.

A sessão foi realizada em 10/3. Acompanharam o voto do relator as Desembargadoras Iris Helena Medeiros Nogueira e Marilene Bonzanini Bernardi.

Apelação Cível nº 70033031840

EXPEDIENTE
Texto: Mariane Souza de Quadros
Assessora-Coordenadora de Imprensa: Adriana Arend

CRÉDITO - FAT destina R$ 7,2 bilhões a microempresa

 Dinheiro para ser emprestado às micro e pequenas empresas existe! O que falta é o governo Lula da Silva diminuir a "Burrocracia" e facilitar o acesso ao crédito para os micro e pequenos empresários! Leiam a matéria e comentem! Participem!
As linhas de crédito do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) voltadas para financiamento de pequenas e microempresas somarão R$ 7,2 bilhões neste ano. Do total, R$ 3,2 bilhões são recursos novos a serem injetados nos bancos que operam as linhas do fundo.

No ano passado, esse valor foi maior: R$ 4,5 bilhões. De acordo com o diretor do Departamento de Empregos e Salários do Ministério do Trabalho, Rodolfo Torelly, a redução de novos recursos é decorrente da situação financeira do FAT.

Nos últimos anos, o fundo vem enfrentando o aumento de suas despesas com o pagamento de seguro-desemprego e abono salarial, enquanto suas receitas diminuíram.

O diretor do ministério afirmou que os outros R$ 4 bilhões a serem destinados a empréstimos para pequenas e microempresas correspondem ao retorno dos empréstimos realizados pelas instituições financeiras e que o fundo decidiu reaplicar nos próprios bancos.

Fonte: Folha de S.Paulo

Empreender é preciso

Matéria publicada no jornal Diário do Comércio e Indústria em 26.03.2010. O governo Lula ainda tem dúvida de que precisa apoiar as micro e pequenas empresas para que o país possa se transformar na quinta maior economia do mundo. As estatísticas e os números levantados pelo SEBRAE mostram as dificuldades encontradas por essas empresas para conseguirem linhas de crédito junto aos bancos públicos e privados. A burocracia e as garantias exigidas para empréstimos são grandes. O BNDES, banco do governo que deveria facilitar o acesso ao crédito para as micro e pequenas empresas, é o que mais exige. Há muito dinheiro para emprestar às micro e pequenas empresas, o que falta é o governo facilitar o acesso! Leiam a matéria e comentem! Participem! Se inscrevam no meu Blog e acompanhem-no diáriamente!

Carlos Ienne - 26/03/10

Se o Brasil almeja chegar à posição de quinta economia global, precisamos apoiar os pequenos e médios empresários

Em recente entrevista ao Financial Times, o presidente Lula afirmou que o Brasil tem possibilidades de se tornar a quinta economia mundial nos próximos dez anos. Essa afirmação não foi feita certamente apenas em razão do clima de otimismo, pelo fato de a cidade do Rio de Janeiro ter sido escolhida para sediar as Olimpíadas de 2016.

O Brasil conquistou - e tem demonstrado ao mundo - sua estabilidade política e econômica, que favorece a macroeconomia e o crescimento de mercado. Seus controles monetários contiveram a inflação, aumentando o fluxo de entrada de capital.

Esse cenário beneficia também um importante segmento econômico do País, as pequenas e médias empresas, que representam 98% das 5,5 milhões empresas no Brasil. Só nos últimos cinco anos, as PMEs registraram uma taxa de crescimento de mais de 10%.

É desapontador, no entanto, constatar que, apesar desses números expressivos, a taxa de mortalidade dessas empresas também é expressiva. O brasileiro é um empreendedor por necessidade, como revelou uma recente pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV).

É nítido, porém, que falta algo ao pequeno empresário, pois cerca de 30% dessas empresas ainda não conseguem sobreviver ao primeiro ano de atividade. Alguns gaps são bem conhecidos, como falta de crédito, planejamento e subsídios.

Segundo pesquisas do Sebrae, aos PMEs falta um pouco de tudo. São apontadas como as principais razões que contribuem para a mortalidade dessas empresas falta de habilidade para empreender, falta de planejamento prévio, deficiência na gestão do negócio, deficiência nas políticas de apoio e conjuntura econômica.

A questão do crédito recebeu uma boa notícia recentemente. Na segunda quinzena de novembro de 2009, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) divulgou a liberação de uma linha de crédito de US$ 3 bilhões às micro, pequenas e médias empresas brasileiras. O empréstimo de US$ 1 bilhão já foi aprovado e o BNDES utilizará esse recurso, além de outros próprios, para o fomento do segmento.

Com o crédito chegando, o empreendedor terá ainda que enfrentar o desafio da informação. Como desfrutar do momento positivo e alcançar mercados globais nunca antes almejados? À primeira vista, pensar em exportar parece complicado e, realmente, as interrogações são inúmeras. As dúvidas vão desde como exportar, legislação alfandegária, prazo de entrega da encomenda, como receber pela venda, quais garantias o empreendedor tem ou deve oferecer até os custos logísticos e se estendem ainda por uma infinidade de detalhes que assustam alguém que visualize no mercado internacional uma oportunidade para seu negócio.

Penso ser o acesso a todas essas informações, ao lado do crédito, o ângulo mais desafiador ao empreendedor brasileiro que busca crescer, expandir seus negócios.

Um bom desempenho só será possível se ele realmente empreender um plano de exportação, estudando o mercado alvo, a viabilidade de taxas de câmbio flutuantes e quais parceiros logísticos lhe permitirão reduzir custos, com garantias de rapidez, confiabilidade e cumprimento de prazo, prerrogativas do mercado internacional.

Ao se deparar com tantas e complexas questões esse empresário pode postergar o caminho da exportação ou até mesmo desistir. E prover esse acesso é também papel de todos, integrando iniciativa pública e privada como forma de garantir o sucesso das PMEs. Em nossa empresa, acesso é uma questão-chave, promovida e incentivada globalmente. Cada vez que um produto brasileiro ganha a concorrência e se posiciona lá fora, às vezes do outro lado do mundo, com carteiras e bolsas de couro de qualidade, vinhos ou até quimonos, o Brasil ganha não só financeiramente, mas como nação, engrandecendo o espírito empreendedor de seu povo.

Se o Brasil almeja chegar à posição de quinta economia mundial, precisamos pensar no todo e apoiar os pequenos e médios empresários para darem esse passo. Realizar isso é contribuir para o crescimento sustentável do País. Sustentabilidade é perpetuar o desenvolvimento, garantindo oportunidades, renda, lucro e prosperidade de sua população. O momento é esse. Empreender é preciso.

Fonte: DCI – SP

quinta-feira, 25 de março de 2010

Smartphone, um autêntico tudo-em-um

Barbara Oliveira - 15/3/2010 - 20h49

O mundo está ficando mais móvel do que fixo. Um relatório recente da União Internacional de Telecomunicações indica que cerca de 4,6 bilhões de pessoas (67% da população mundial) são assinantes de alguma operadora de telefonia celular. As vendas de smartphones devem superar as de PCs até 2011, apostam os analistas de mercado, enquanto o próprio Google anuncia que vai dar mais ênfase nas buscas móveis e solicitou aos desenvolvedores de aplicativos para seguirem pelo mesmo caminho.

Impulsionado pelo iPhone e seus concorrentes BlackBerry, Samsung, Nokia, LG, HTC, Motorola – as principais marcas de smartphones –, o mercado de aplicativos móveis deu um salto em quantidade e em qualidade, e está cada vez mais disputado pelos fabricantes, desenvolvedores e operadoras de telefonia móvel. Segundo o Gartner, 173 milhões de smartphones foram comercializados no ano passado, 23,8% a mais do que no ano anterior. A tendência é de crescimento robusto em 2010, graças ao apelo desses aparelhos, que já possuem muitas das funções dos computadores, como acesso a e-mails, redes sociais, internet banking, produtividade e até automação de força de vendas.

Uma prova da importância desses aparelhinhos multifuncionais é que a canadense Research In Motion (RIM), conforme o DC divulgou na última sexta-feira, passará a produzir sua linha de smartphones BlackBerry no Brasil na unidade industrial da Flextronics, em Sorocaba.

Em 2009, os downloads de programinhas para os dispositivos móveis (uso pessoal, jogos, entretenimento, produtividade) movimentaram US$ 1,9 bilhão, segundo o instituto de pesquisas Research2Guidance, mas esse valor deve subir para US$ 15,6 bilhões em apenas quatro anos.

O interesse dos usuários por downloads dos programas para uso pessoal e profissional motivou as empresas a criarem suas apps stores (lojas de aplicativos) para o desenvolvimento e distribuição de produtos voltados para suas plataformas (iPhone, Android, Windows Mobile, Symbian, Blackberry, PalmOS).

O analista de Telecom da IDC, João Paulo Bruder, avalia que a partir de agora terá de ser definido um modelo de negócios para compartilhar as vendas dos produtos (a maioria ainda é gratuita, mas aos poucos os aplicativos começarão a ser cobrados). O faturamento deverá ser repartido entre desenvolvedores, fabricantes dos aparelhos e as operadoras responsáveis pelo tráfego. As teles também planejam abrir lojas próprias para download de soluções. A Vivo é a primeira a dispor de uma plataforma para incentivar os desenvolvedores a criarem soluções aos aparelhos vendidos por ela. No portal http://desenvolvedores.vivo. com.br, serão criados, testados e vendidos os aplicativos para os assinantes da Vivo.

Entre os produtos mais procurados pelos usuários de smartphones estão os de localização (mapas), utilitários, games, e-mail/messenger e produtividade. Eles podem ser baixados diretamente do celular ou pelo PC, para depois serem sincronizados com o aparelho. Mas, todos os smartphones já vêm repletos de aplicativos para tornar a vida do usuário mais fácil.

No mercado corporativo, a solução móvel de automação da força de vendas também está migrando dos antigos e pesados PDAs para o smartphone. Mas sua comercialização é feita sob demanda pelas empresas. Eles permitem mais mobilidade ao vendedor para checar preços, ver roteiros de vendas, históricos de compras, dar baixa no estoque e oferecer descontos.

Segundo a Distimo, empresa de análise do setor, a App Store (a loja da Apple) era a líder do mercado, em fevereiro, com 150 mil títulos disponíveis, sendo 25% gratuitos. A Android Market estava com 20 mil, e a Nokia Ovi com 6 mil. O quadro se completa com BlackBerry (4,8 mil); PalmOS (1,5 mil) e o Windows Mobile (com cerca de 700 programas) .

Serviço:

Onde baixar conteúdos para smartphones na web:
http://www.apple.com/iphone /apps-for-iphone/ (iPhone)
http://www.android.com/ market/ (Android)
http://br.blackberry.com/services/ appworld/download.jsp (BlackBerry)
http://www.getjar.com/ (várias plataformas)
http://www.handango.com/ (várias plataformas)
http://www.mobihand.com/ (várias plataformas)
https://store.ovi.com/ (Nokia)
http://www.softonic.com.br/ (várias plataformas)

Claro desafia a Anatel

Atenção pessoal, fiquem atentos a esta matéria veiculada no Correio Brasiliense sobre o abuso e desrespeito da operadora Claro com respeito ao desbloqueio de aparelhos. Se sofreram algum constrangimento por parte da operadora, busquem os órgãos de defesa do consumidor e registrem suas reclamações. Façam valer seus direitos! Leiam a matéria e comentem! Sigam meu Blog.

Empresa exige que cliente pague para desbloquear aparelho de celular, contrariando a legislação
Karla Mendes
Valério Ayres/Esp. CB/D.A Press


O biólogo Anderson Paz ficou irritado com a irregularidade cometida pela Claro e exige providência.

 A Claro é a única operadora que está desafiando a lei ao negar o desbloqueio gratuito de celulares a seus clientes. A norma da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que obriga as empresas a liberarem os aparelhos sem nenhum ônus, mesmo para os usuários que receberam algum benefício da companhia (como desconto na compra ou abatimento na assinatura mensal), foi publicada ontem no Diário Oficial da União com aplicação imediata. O Correio acompanhou o biólogo Anderson Paz nas lojas das quatro operadoras — Claro, TIM, Vivo e Oi — e verificou que apenas a primeira está desrespeitando a legislação.

Quando Paz foi pedir o desbloqueio na loja da Claro, o atendente da empresa disse que só poderia fazer o procedimento sem custo para o cliente quando a data de expedição da nota fiscal completasse um ano. Caso contrário, o biólogo teria que pagar R$ 240. Questionado sobre o regulamento da Anatel, o funcionário disse que “a Claro foi a única operadora que não foi comunicada da decisão”. O funcionário acrescentou que o processo de venda não seria alterado porque a empresa vende dois tipos de aparelhos: o bloqueado, com um custo menor, e o desbloqueado, que é mais caro. E cometeu outro equívoco ao afirmar que “a nova regulamentação da Anatel fala que, quando oferece benefícios, a operadora não é obrigada a desbloquear o aparelho”.

Resultado: Anderson não consegue usar o celular que ganhou. “Estou sem telefone, pois meu chip é de outra operadora”, reclama. No último domingo, ele já tinha ido à mesma loja, sem sucesso. “Disseram que só poderiam desbloquear o aparelho daqui a dois meses, quando completaria três meses da data da expedição da nota fiscal, e eu teria que pagar R$ 240”, contou Anderson. O Correio percorreu as lojas da TIM, Vivo e Oi e constatou que as empresas não impunham obstáculos ao desbloqueio. A única exigência era a apresentação da nota fiscal.

Concorrência

Questionada, a Claro informou que cumprirá as determinações da Anatel. Sobre o caso de Anderson Paz, alegou que, “por tratar-se de pessoa jurídica, o desbloqueio deve ser solicitado somente pelo administrador da empresa por meio do número 1052 e não é cobrado”. O atendente, porém, nem conferiu a nota fiscal.

Para Marcos Morita, consultor de negócios e especialista em estratégias empresarias, o desbloqueio obrigatório de aparelhos vai estimular a concorrência entre as empresas. “As operadoras vão perder a exclusividade. O melhor para o cliente é ser infiel, pois assim ele pode aproveitar as ofertas de várias empresas”, argumentou. Ele ressaltou que, para os consumidores não ficarem com a linha “fora do ar” entre a troca de chips nos aparelhos, as empresas poderiam oferecer celulares mais simples. Com isso, não perderiam receitas com chamadas.

O número: R$ 240
Valor pedido pela companhia para acatar pedido de consumidor

Análise da notícia

Punição rigorosa

O desrespeito ao direito do consumidor e à legislação exige uma ação enérgica por parte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A determinação do desbloqueio de aparelhos de celular era esperada há muito tempo. Portanto, a hora é de fazer valer o direito de livre escolha da clientela de poder usar o chip da operadora que lhe for mais conveniente. Ao agir com rigor, a Anatel finalmente mostrará à população que está do seu lado e não do das companhias, imagem que se consolidou depois de longas decepções. Por lei, o regulador pode notificar ou aplicar multas às empresas que descumprem a lei de até R$ 50 milhões. E, claro, exigir que tudo seja pago, o que ninguém viu até hoje.

Ao ser indagada sobre o descumprimento da Claro, a Anatel informou que cada operadora pode até ter um mecanismo próprio de fazer o desbloqueio do celular. Mas a súmula tem que ser cumprida. E isso independente se o cliente for pessoa física ou jurídica. A agência recomendou à clientela que, ao não concordar com as exigências da operadora, deve formalizar queixa inclusive aos órgãos de defesa do consumidor. Para não abrir brecha a qualquer questionamento das empresas, o consumidor deve manter em seu poder a nota fiscal do aparelho e não se deixar levar por funcionários que são pagos para defender a operadora. (KM)

O que diz a lei

“O desbloqueio de estação móvel é direito do usuário do Serviço Móvel Pessoal (SMP) que pode ser exercido a qualquer momento junto à prestadora responsável pelo bloqueio, sendo vedada a cobrança de qualquer valor ao usuário pela realização desse serviço.

O desbloqueio da estação móvel não implica a desistência de benefício prevista no artigo 40, parágrafo 8 do regulamento do SMP, nem a resolução do instrumento contratual de oferta do benefício, não cabendo, portanto, cobrança de qualquer valor nessa hipótese.

A desistência do benefício ou a resolução do instrumento contratual ocorrida antes do prazo de permanência previsto no caput do artigo 40 poderá ensejar a cobrança de multa ao usuário nos estritos termos de seu parágrafo oitavo, sendo vedada essa cobrança caso a desistência seja solicitada em razão de descumprimento de obrigação contratual ou legal por parte da prestadora, cabendo a ela o ônus da prova da não procedência do alegado pelo usuário.”

Fonte: Correio Braziliense – DF

Pequenas empresas continuam liderando a geração de empregos no País

Taí um seguimento da economia que continua gerando emprego e renda e que não recebe muito incentivo por parte do governo. No Brasil, são os únicos a gerarem empregos e a pagarem impostos.

Em fevereiro, os empreendimentos de micro e pequeno porte foram responsáveis por 64,3% dos 209,4 mil novos postos de trabalho criados no País

As micro e pequenas empresas continuam liderando a criação de empregos no País. Dos 209,4 mil novos postos de trabalho com carteira assinada registrados em fevereiro, 64,3% foram criados pelo segmento.

Deste total, a maioria (45,3%) foi gerada pelas microempresas com até quatro trabalhadores. Aquelas que empregam entre cinco e 19 trabalhadores responderam por 2,2% do saldo total e os empreendimentos que têm entre 20 e 99 trabalhadores participaram com 16,7%.

Os números foram extraídos pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae junto aos dados do Cadastro Geral de Trabalhadores Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados na quarta-feira (17).

A análise mostra que a participação das micro e pequenas empresas na geração de empregos por setor mantém a performance de janeiro passado, ocorrendo mais intensamente nos setores de serviços, indústria de transformação e construção civil.

Numa análise com base no porte empresarial, a contribuição das microempresas com até quatro empregados ocorreu mais fortemente nas áreas de serviços, comércio e indústria de transformação. A maior participação das microempresas que empregam entre 5 e 19 trabalhadores e das pequenas empresas que têm entre 20 e 99 empregados foi nas áreas de serviços e indústria de transformação.

A participação das empresas de maior porte ocorreu nos setores da indústria de transformação, serviços e construção civil.

Recorde

De acordo com Emanuel Malta, analista do Sebrae, o saldo de 209,4 mil empregos gerados em fevereiro representa um crescimento de 0,63% em relação a janeiro. Somados os números de janeiro e fevereiro, foram gerados 390,8 mil novos postos de trabalho nos dois primeiros meses de 2010, maior saldo da série histórica do Caged para o período.

“Nos últimos doze meses, a variação acumulada do emprego foi de 4,63%, condicionada pela criação de 1.478.523 postos de trabalho, o maior aumento desde dezembro de 2008 nesse tipo de comparação”, afirma.

Serviço:
Agência Sebrae de Notícias - (61) 2107-9110 e 2107-9104
http://www.agenciasebrae.com.br/

Atraso no pagamento da Contribuição Previdenciária tem multa diária de 0,33%

Como já acontece com os demais tributos, agora a Contribuição Previdenciária também terá sua multa cobrada diariamente ao percenual de 0,33%. Fiquem atentos aos prazos para não pagarem esse absurdo de multa diária, sem contar os juros de mora calculados pela SELIC que também é um absurdo! Fiquem atentos aos prazos. Leiam a matéria e comentem!

O atraso no pagamento da Contribuição Previdenciária relativo ao mês passado passou a ser passível de multa diária de 0,33%, para as categorias de segurados individuais, empregados domésticos e facultativos, além dos segurados que optaram pelo Plano Simplificado.

O percentual incide a partir do primeiro dia após o vencimento do prazo de pagamento até a data da quitação do débito.

Além da multa, são cobrados juros pela taxa Selic, hoje em 8,75% ao ano. O prazo para pagar sem multa venceu na segunda-feira, dia 15, de acordo com o calendário de recolhimento de contribuições previdenciárias da Receita Federal.

O cálculo da Guia da Previdência Social, referente ao valor devido, pode ser feito no Portal da Previdência, por meio da Agência Eletrônica de Seguros.

Mais informações sobre direitos, cálculos e códigos de Contribuição Previdenciária estão disponíveis no site da Previdência Social www.previdenciasocial.gov.br.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Celulares 4G chegam ao mercado nos EUA

 Rafael Rigues




HTC Evo 4G WiMax: o primeiro smartphone 4G nos EUA

O HTC Evo 4G WiMax é equipado com um processador de 1 GHz, tela sensível ao toque de 4.3 polegadas e alta resolução (480 x 800 pixles), uma câmera fotográfica de 8 MP com foco automático e capaz de gravar vídeos em alta definição, câmera secundária de 1.3 MP para vídeo conferência e interfaces de rede sem fio (Wi-Fi) 802.11b e 802.11g. Tudo isso rodando o Android 2.1, a mais avançada versão do sistema operacional para smartphones do Google.

A Sprint é a primeira operadora de telefonia norte-americana a comercializar smartphones compatíveis com as novas redes de telefonia 4G. E para estrear o serviço firmou uma parceria com a taiwanesa HTC para criar um novo smartphone Android que, no papel, é muito superior ao Nexus One do Google e DROID da Motorola, atualmente considerados dois dos melhores smartphones no mercado.


A Sprint é a única operadora nos EUA a oferecer serviço 4G, por enquanto limitado a algumas cidades. Segundo a empresa, entre os benefícios estão maior velocidade no acesso à internet (até dez vezes mais rápido que 3G) e melhor cobertura no sinal. O HTC Evo 4G WiMax deve chegar ao mercado em meados deste ano, ainda sem preço definido.

terça-feira, 23 de março de 2010

Cérebro só consegue administrar 150 amigos em redes sociais, diz estudo

Taí outra materia interessante para quem adora redes sociais e que adcionam muitos amigos sem ao menos conhecer todos eles! Leiam  e comentem!
Pessoas se orgulham de ter centenas de amigos, diz cientista

O cérebro humano é capaz de administrar um máximo de 150 amigos nas redes de relacionamento disponíveis na internet, como os sites Facebook e Orkut, revelou uma pesquisa realizada na Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha.

Segundo Robin Dunbar, professor de antropologia evolucionária na entidade, este número é praticamente o mesmo que se via antes da existência desses sites.

Nos anos 90, o cientista desenvolveu uma teoria batizada de "Número de Dunbar", que estabelece que o tamanho do neocortex humano - a parte do cérebro usada para o pensamento consciente e a linguagem - limita a capacidade de administrar círculos sociais a até 150 amigos, independente do grau de sociabilidade do indivíduo.

Sua experiência se baseou na observação de agrupamentos sociais em várias sociedades - de vilarejos do neolítico a ambientes de escritório contemporâneos.

Segundo Dunbar, sua definição de "amigo" é aquela pessoa com a qual outra pessoa se preocupa e com quem mantém contato pelo menos uma vez por ano.

Homens e mulheres

Ao se questionar se o "efeito Facebook" teria aumentado o tamanho dos círculos sociais, ele percebeu que não.

"É interessante ver que uma pessoa pode ter 1,5 mil amigos, mas quando você olha o tráfego nesses sites, percebe que aquela pessoa mantém o mesmo círculo íntimo de cerca de 150 pessoas que observamos no mundo real", afirmou Dunbar, em entrevista ao jornal The Times.

"As pessoas se orgulham de ter centenas de amigos, mas a verdade é que seus círculos são iguais aos dos outros."

Ainda segundo Dunbar, o comportamento de homens e mulheres em relação às amizades é diferente.

"Elas são melhores em manter as amizades apenas conversando com os amigos. Os homens precisam fazer alguma coisa juntos para se manterem em contato", explicou.

Hospital de Londres oferece tratamento para viciados em tecnologia

Matéria muito interessante publicada no site da BBC de Londres sobre os hábitos compulsivos de quem não desgruda um só instante dos famosos jogos on line, via celular e outros brinquedinhos mais que viciam tanto adultos como crianças e adolescentes. Leiam e comentem!


Zoe Kleinman
Repórter de tecnologia da BBC News

A terapia visa atender jovens que passam muitas horas por dia online
Um hospital de Londres está oferecendo um tratamento personalizado para os viciados em tecnologia.
O programa, que dura cerca de 28 dias, visa atender jovens que passam muitas horas por dia jogando games por computador ou em sites de relacionamento.

De acordo com o criador do tratamento, Richard Graham, quando privados de seus jogos ou sites, estes jovens ficam "cronicamente agitados e irritáveis".

Graham disse à BBC que o tratamento não tem o objetivo afastar completamente o paciente da tecnologia.
"Não é realista impor um programa de abstinência (de tecnologia)", afirmou.

O médico afirma que o que o motivou a criar o tratamento foi a preocupação com as características "compulsivas e viciantes" dos jogos, redes sociais e telefones celulares.

"A preocupação (dos pacientes) em acessar sites e responder a mensagens é tão forte que vira prioridade... e pode ter impacto em outras áreas da vida, prejudicando a habilidade destes jovens de participar de outras atividades", disse.

Por enquanto, o tratamento está disponível apenas para pacientes do sistema privado de saúde no hospital Capio Nightingale, onde Graham trabalha.

Três fases

O tratamento criado por Graham tem três fases. A inicial começa com psicoterapia, que tem o objetivo de tratar os problemas do paciente com relacionamentos pessoais.

O próximo estágio é desfazer o relacionamento destes pacientes com a tecnologia e encorajá-los a desligar seus aparelhos. Finalmente, eles são encorajados a participar de exercícios físicos e atividades com a família e amigos.

A clínica de Graham não tem presença online fora do site do hospital. Mas os visitantes da página podem fazer testes online para medir o nível de vício em tecnologia, respondendo questões sobre seus hábitos online.

"Qualquer terapia deve tratar de controle do comportamento", afirmou Mark Griffiths, professor em estudos sobre jogos e apostas na Universidade de Nottingham Trent, na Grã-Bretanha. "Você não pode evitar a internet, não pode evitar a tecnologia."

Jogos e apostas online

Para Mark Griffiths, os jogos online representam um perigo maior do que os videogames.

"O número de verdadeiros viciados em tecnologia é relativamente baixo, mas pode aumentar com os games online que, ao contrário dos videogames, nunca param", afirmou.

"A maioria dos comportamentos ligados ao vício tem seu auge durante a juventude e maior probabilidade de ocorrer entre homens. Mas a internet é neutra em termos de gênero. Mulheres podem não ir até uma casa de apostas real, por exemplo, mas você pode fazer o que quiser online."

Outras clínicas de tratamento de viciados em apostas online já apareceram no sudeste da Ásia, por exemplo, onde grandes quantidades de dinheiro gasto no mundo virtual causam problemas graves na vida dos viciados.

Um exemplo recente de vício na vida online foi o do casal da Coreia do Sul que deixou o bebê morrer de fome enquanto jogavam. O casal teria ficado obcecado em criar uma menina virtual chamada Anima, no popular jogo Prius Online.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Como transformar a bicicleta em transporte público

Excelente matéria publicada no Blog gizmodo.com.br em 17.03.2010 que estou republicando aqui no meu Blog. Vamos pressionar nossos governantes através de nossa arma, "o voto" para que pelo menos iniciemos um projeto desses aqui no Brasil.

Leiam a matéria, deem sugestões e opinem! Vamos iniciar um grande movimento em favor do uso da Bicicleta como meio de transporte público de massa antipoluente e vamos exigir dos nossos políticos, as adaptações necessárias para que tenhamos nosso espaço garantido no transito através de Ciclovias. Participem!



Acho linda a ideia de substituir um pedaço da poluição e caos causado pelos carros nas grandes cidades por bicicletas. Faz bem pro meio ambiente, pra saúde das pessoas e pode até fazer você chegar ao destino mais rápido e gastando menos. Mas pra fazer as pessoas abraçarem a ideia é necessário muito mais que bicicletadas, dias sem carro e campanhas ambientalistas. É preciso encarar a bicicleta como parte do sistema de transporte público, um vagão do metrô fora do trilho. Testei o razoavelmente recente sistema Bicing, de Barcelona, considerado o mais bem sucedido do mundo, e agora quero andar de bibicleta na minha cidade, sem precisar comprar uma ou me preocupar em ela ser roubada. Como um negócio assim funciona? Elegi cinco razões e uma adicional para que isso dê certo no Brasil.

A bicicleta é bastante usada em vários lugares do mundo, seja na China, em cidades do interior do Brasil ou em grandes cidades do norte europeu como Amsterdã ou Copenhague, onde quase 40% das pessoas usa a bicicleta para ir ao trabalho. O que torna o Bicing tão interessante é que ele é recente (2007), foi criado em uma cidade onde a bicicleta não era tão pop e trata a magrela como transporte público, uma tendência de outros projetos igualmente recentes, caso do Velib', de Paris.

Esses sistemas vêm sendo criados não porque (apenas) é uma solução ecologicamente correta e porque andar de bicicleta é legal e feliz. Mas porque as bicicletas ajudam a solucionar problemas do trânsito, que pode ser terrível nas grandes cidades européias. Nos cartões postais tudo parece calmo, mas passei por momentos bastante paulistanos em termos de engarragamentos em Barcelona.

Aí minha irmã, que mora na capital catalã há 7 anos, me emprestou o cartão do Bicing dela. Como usar? Bastava encostar o negócio em tótem de uma das centenas de estações da cidade, que aparecia na telinha qual bicicleta eu deveria pegar - ela seria "destrancada" da parte de descanso, onde cabem umas 30. Depois de pedalar, bastava devolver em uma estação semelhante, em um espaço livre, e pronto. Achei genial. E, é claro, comecei a me perguntar: por que um lance tão simples dá certo e não é pensado no Brasil? O que precisa para isso funcionar?

1. Elas devem estar por toda parte

Há exatamente três anos, quando o Bicing começou, foram compradas 1.500 bicicletas, disponibilizadas em 100 estações: um número até bem razoável para uma cidade de 1,5 milhão de habitantes. No fim do ano passado, já eram 401 estações e 6.000 bicicletas, e 15% da população adulta utilizando frequentemente.

Cada estação consiste de uma barra de metal com furos (onde se encaixa a bicicleta, que fica bastante segura), com espaço para umas 20-40 bicicletas, e um tótem com uma interface eletrônica e um mapa das estações próximas. Basta aproximar o seu cartão ali que aparecerá na tela qual bicicleta você deve retirar - ela então ficará destravada por alguns segundos.

A idéia de tantas estações, tão próximas, é que você não apenas possa alugar uma bicicleta em basicamente qualquer lugar, mas principalmente devolvê-la em vários pontos diferentes. Isso porque no Bicing, como no Vélib, tenta-se deixar as estações a não mais que 300 ou 400 metros de outra. Se não há espaço no estacionamento, ele te dá mais 10 minutos de prazo e indica onde você precisa devolver - devolver, no caso, é engatar a bike em uma estação com vaga.

A bicicleta então é um sistema complementar: se você mora longe ou numa região mais montanhosa, pega um metrô ou ônibus, e na saída da estação, encontrará bicicletas. Você faz o quilômetro que faltaria até o destino pedalando - portanto nem fica suado com o exercício. Não vale muito a pena fazer longos trajetos, a não ser que você vá trocando de bicicletas no caminho, por causa de uma regra de ouro:

2. Você precisa devolver a bicicleta em meia hora
E isso é uma vantagem. No Bicing, como em outros sistemas, você só pode ficar com a bicicleta por 30 minutos. Se não você pagará multa (50 centavos de Euro). Se ficar mais de duas horas com a bike, a multa é mais pesada (4 Euros) e você ganha uma advertência, tudo descontado já no cartão de crédito cadastrado. Três delas e o seu cartão da Bicing é bloqueado, precisando fazer um novo cadastro (e pagar a anuidade) para recuperar o direito. Se você demorar mais de um dia para devolver a bicicleta, a multa já é de 150 Euros (R$ 364).

A ideia é que você não use a bicicleta para turismo ou uma trilha. Na parte central há uma concentração maior delas, próximas as estações de metrô ou paradas de ônibus especialmente. Na prática, é incentivado o uso da magrela para viagens curtas. E isso faz com que não sejam necessárias tantas bicicletas para atender todo mundo: estima-se que cada uma seja usada por até 10 pessoas diferentes no dia, rodando 25 km em diferentes mãos.

3. A cidade precisa ser adaptada


Não é em toda cidade que é possível instalar quilômetros de ciclovias. Barcelona era um desses casos: uma cidade que tinha calçadas e pistas. E, a bem da verdade, não foram instaladas ciclovias de fato. Na maior parte da cidade, a ciclovia é na verdade um pedaço da calçada pintado com uma faixa. E só. Por lá não há nada dessa obrigação praticamente impossível de se concretizar do Brasil, onde a bicicleta tem de andar na pista com os carros em alta velocidade.

A bem da verdade, imaginava-se que a convivência entre ciclistas e carros seria tranquila nas ruas de Barcelona quando o Bicing foi lançado. Mas, pelo relato das pessoas com quem conversei lá, o início do projeto foi marcado por muitos acidentes e discussões entre ciclistas e motoristas, especialmente porque Barcelona não tinha muito a cultura de bicicletas e muita gente que nunca havia arriscado pedaladas passou a andar pelas ruas. Rapidamente, a prefeitura se mobilizou: a lei foi modificada também para proteger o ciclista dos carros em caso de acidentes (eles têm preferência), assim como os pedestres dos ciclistas.

Simultaneamente, a cidade foi adaptada, pegando um pedaço da calçada e deixando faixas de travessia mais nítidas. Os estacionamentos das bicicletas que foram instalados não ocupam tanto espaço, e podem ser instalados em qualquer lugar. Onde não há calçada para o Bicing, pega-se um pedaço do estacionamento da rua, como nessa foto:

4. Tem de ser barato - para o governo e o cidadão

O Bicing, ao contrário dos sistemas franceses, só funciona para moradores de Barcelona. Você compra um cartão (magnético, com RFID), paga uma anuidade de 30 Euros (R$ 72), associa a conta a um cartão de crédito e tem o direito a pegar quantas bicicletas quiser, desde que devolva no tempo certo. No início, para popularizar o sistema, a assinatura anual custava módicos 6 Euros.

É claro que, pelo custo de funcionamento, vê-se que o sistema não foi feito para dar lucro. Quem administra o sistema é uma gigante da publicidade outdoor na Europa, a ClearChannel, que criou o primeiro dos sistemas de aluguel de bicicleta em Rennes, na França, em 2001. O governo paga 2,13 milhões de Euros (R$ 5,14 milhões) por ano ao Clear Channel, e o dinheiro vem todo do Detran/CET local: os carros pagam multas por estacionar em lugar proibido, a grana vai para bicicletas.E R$ 5,14 milhões é pouco mais de 1% do que a CET arrecada em multas na cidade de São Paulo.


Há uma opção ainda de não pagar coisa alguma à empresa que administra o sistema das bicicletas: atualmente Barcelona considera liberar as estações e bicicletas para publicidade, podendo, ao invés de gastar dinheiro, ganhar com as bicicletas ao custo de alguma poluição visual.

5. A bicicleta precisa ser bacana

Ela não parece a minha estimada Caloi 12 que tinha quando adolescente, mas não é tão pesada (tem 13 kg). Ela é funcional, com um câmbio Shimano de 3 marchas bem definidas, cesta aberta na frente e quadro rebaixado para que você possa levar coisas maiores no meio. A altura do selim é bastante regulável, então dá para pessoas das mais variadas alturas usarem.

Há buzina, faróis dianteiro e traseiro, de LED, que ligam automaticamente quando está escuro. No geral, ela dá a impressão de ser uma bicicleta boa, não vagabunda. Cada bicicleta custa (à empresa que administra) cerca de 300 Euros (R$ 738). As mais novas têm selins com acolchoamento melhor e freios que não fazem barulho. As versões mais recentes são especialmente reforçadas e montadas para que não haja roubos ou vandalismo, um problema bem grave.

Curiosidades tecnológicas: o sistema das estações de aluguel rodam Windows CE e há programinhas para Android e iPhone que permitem você se conectar ao servidor do Bicing e ver onde é a estação mais próxima ou se há espaço para estacionar a bicicleta (ou disponíveis para alugar).

Bônus: Não basta educação

Já imagino as pessoas pensando "isso nunca daria certo no Brasil", ou que os europeus são mais educados, etc etc. De fato, um projeto bem semelhante (em termos de funcionamento, não de alcance) foi tentado no Rio de Janeiro no fim de 2008 e a princípio falhou: devido ao elevado número de roubos de bicicleta, o serviço está suspenso.

Antes de começar o bairrismo (ou aquele patriotismo às avessas), vale lembrar que o contra-exemplo do Vélib', o sistema de aluguel de bicicletas de Paris, que está praticamente sendo desativado. O motivo? Vandalismo. As pessoas simplesmente destroem as bicicletas, ou levam para passear no fundo do rio. Das 20.000 bicicletas iniciais, todas foram roubadas ou tiveram de ser substituídas por causa do vandalismo. Ao ponto que a empresa que administra o sistema disse que era insustentável continuar. [UPDATE: Como avisaram nos comentários, o problema foi que era fácil de tirar as bikes dos descansos. Isso foi corrigido e o serviço voltou este mês]

Em Barcelona, o índice de furto de bicicletas comuns ainda é alto e o vandalismo também. Ver bicicletas pela metade nos lugares onde elas são trancadas é uma cena bem comum:


No primeiro ano, quase um terço das bicicletas de Barcelona foi vandalizada. O governo então começou a agir. Seguindo o princípio que é importante coibir fortemente as contravenções simples para manter a segurança (a doutrina Tolerância Zero), a guarda municipal subiu para 750 Euros a multa para quem vandalizar uma bicicleta. Em dezembro, em uma grande ação da polícia, 600 pessoas foram presas por roubarem bicicletas.

Aos poucos a concessionária do serviço tem trocado o equipamento que prende as bicicletas para dificultar o roubo e câmeras próximas às estações têm sido usadas para monitorar os gatunos. Além disso, uma grande campanha de publicidade está em andamento para lembrar às pessoas que o Bicing é importante e roubar ou quebrar bicicletas é feio. A coisa parece ter funcionado.

E aqui? É possível?

Sim. Basicamente todas as grandes cidades do Brasil hoje têm problemas de trânsito e precisam de soluções. Construir metrô ou melhorar os ônibus e adotar bilhete único são iniciativas necessárias, mas não resolvem tudo. Um sistema de bicicletas como transporte público deve ajudar na solução, que é a troca gradual do transporte individual para o público nas partes mais congestionadas.

Como vimos, o aluguel de bicicletas é ridiculamente barato em relação às outras soluções. Mas ela precisa ser grande e abrangente. Não adianta fazer algo minúsculo, como em Blumenau ou no Rio: é preciso começar grande, mostrar às pessoas que é possível chegar mais rápido e mais confortavelmente pedalando. O sistema precisa ser totalmente automatizado também, para que a bicicleta seja uma opção de fato melhor. Eu gostei tanto do exemplo de Barcelona (poderia usar ene outros) porque a cidade não era um lugar de bicicletas e em pouco tempo se transformou em um. E outra: os catalães e espanhóis não são muito diferentes dos brasileiros - uma coisa é a educação e zelo pela coisa pública dos suecos, outra é dos moradores de Barcelona. Somos todos latinos.

E quanto aos roubos e vandalismo? É preciso mão forte da polícia, como aconteceu por lá, mas principalmente educação. E isso é menos impossível do que se pensa. Sou de Brasília, e lá os motoristas param na faixa de pedestres. Não porque os brasilienses são mais educados que o resto do Brasil, mas porque o Governo do DF entre 1995 e 98 achou que esse pequeno gesto de civilidade era importante, fez campanhas na TV, os veículos de comunicação encamparam a ideia, os guardas iam nas escolas explicar como funciona. Em resumo, a sociedade se mobilizou, e em um ano foi adquirido um comportamento que não se perdeu mais.

E quem aprende a andar de bicicleta não se esquece - e quer continuar andando.


19:11 - 16 de Março de 2010
Por Pedro Burgos

Pacote tributário: a inquisição do século 21

Brasília, quarta-feira, 17 de março de 2010

• Por José Murilo Procópio de Carvalho
Conselheiro federal da Ordem dos advogados do Brasil (OAB)

Na última semana, o Plenário do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil recebeu a visita do ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Luiz Inácio Lucena Adams. Ele fez explanações aos conselheiros federais da Ordem dos Advogados do Brasil acerca das nuances que envolvem o pacote tributário proposto pelo governo federal, composto por quatro projetos de lei e batizado de Pacto Republicano de Estado por um Sistema de Justiça mais Acessível, Ágil e Efetivo.

Assim é que, não obstante a singela justificativa de que o “o sistema de cobrança judicial tem se caracterizado por ser moroso, caro, extremamente formalista e pouco eficiente” no entender do ministro da Fazenda, como não poderia ser diferente, os conselheiros reagiram de forma contundente contra várias das proposições, haja vista terem identificado nos projetos, que começarão a ser discutidos na Câmara dos Deputados, inúmeras e assombrosas violações à Constituição Federal.

Aprovadas as mudanças propostas no PLC nº 5080/2009, estão autorizados “atos de constrição preparatória e provisória” que “serão praticados pela Fazenda Pública credora”. Ou seja, concede-se poder de polícia aos fiscais fazendários, autorizando-os a proceder à penhora administrativa, independentemente da autorização judicial, invadindo a competência do Poder Judiciário, constitucionalmente prevista, inclusive com a possibilidade de arrombamento, em patente desrespeito ao inciso XI do artigo 5º da Constituição Federal, que prevê que a “a casa é asilo inviolável”.

Na sequência, visando facilitar a penhora, mas em perfeito descaso às garantias constitucionais de inviolabilidade da intimidade, da vida privada e o sigilo de dados, o PLC 5080/2009 prevê a criação do SNIPC, Sistema Nacional de Informações Patrimonial dos Contribuintes, através do qual será facilitado o “acesso eletrônico às bases de informação patrimonial dos contribuintes”, no que se incluem dados sobre o patrimônio, rendimentos, endereços, com a obrigatoriedade de órgãos e entidades públicos e privados, que “operem cadastros, registros e controle de operações de bens e direitos”, disponibilizarem para o SNIPC as informações administradas.

A responsabilidade subsidiária pela dívida ativa em cobrança é estendida administrativamente a quem “dolosamente” “omitir, retardar ou prestar falsamente as informações” sobre a localização do devedor e seu patrimônio, valendo ressalvar que o análise do dolo ficará a cargo da própria Fazenda, que atuará como parte e como “juiz da causa”.

Ainda no capítulo das Disposições Finais, encontramos que nos processos de liquidação e inventário arrolamento, nenhuma alienação será judicialmente autorizada sem a audiência das Fazendas Públicas e que o liquidante, inventariante e o administrador responderão solidariamente pela dívida se alienarem ou derem em garantia quaisquer bens, sem garantir os créditos tributários. Além disso, o PLC prevê a vedação de distribuição de bonificações aos acionistas ou a distribuição de lucros, dividendos, bonificações ou juros sobre capital próprio, enquanto estiver a sociedade com débito inscrito em Dívida Ativa, prevendo multa pecuniária e caracterização do ato como atentatório à Justiça.

No que tange ao PLC nº 469/09, em que se propõem mudanças no Código Tributário Nacional, extraímos que a inclusão dos administradores e gestores de empresas como responsáveis solidários pelos débitos tributários, haja vista que é dever “representantes de pessoas físicas e aos diretores, gerentes ou representantes, ainda que de fato, de pessoas jurídicas, no que se incluem atuar de forma cuidadosa e diligente no “cumprimento das obrigações tributárias das entidades que representam no sentido de fazer todo o necessário para o cumprimento das obrigações tributárias, inclusive privilegiar o pagamento de tributos em detrimento de outras despesas ou débitos. Obviamente que o ônus de demonstrar o cuidado e a diligência que a lei incumbe é do réu.

As proposições do pacote tributário não só sedimentam a desigualdade entre Fazenda Pública e contribuinte, como ferem o devido processo legal e o direito ao contraditório e à ampla defesa, invadem a competência do Poder Judiciário e instalam profunda insegurança social e jurídica, o que é inadmissível no regime democrático de direito em que vivemos.

Por fim, a exemplo do Conselho Federal da OAB, esperamos que os deputados e senadores mineiros fiquem alertas e não permitam que tamanha violência, que nos faz lembrar, com repúdio, da ensandecida e sádica Santa Inquisição, atuante na Idade Média, se concretize nos dias de hoje.

Fonte: Correio Braziliense – DF

BNDES muda regras do programa de microcrédito para atingir mais microempreendedores

Enviado por Aécio Rodrigues..., ter, 16/03/2010 - 19:08
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reduziu de R$ 1 milhão para R$ 500 mil o valor mínimo de financiamento para os agentes repassadores de 1º Piso, isto é, as instituições que emprestam diretamente a microempreendedores. A medida está no novo Programa BNDES Microcrédito, lançado em fevereiro, que substitui o anterior Programa de Microcrédito do BNDES (PMC).

O anúncio foi feito hoje (16) pelo banco e visa a ampliar o número de instituições repassadoras de microcrédito. “A simplificação de procedimentos é o mais importante”, disse o gerente do Departamento de Economia Solidária da Área Social do BNDES, Guilherme Montoro.

Para ele, o objetivo principal das mudanças introduzidas no programa é de “ampliar o número de microempreendedores atingidos. A gente pode fazer isso aumentando o número e o valor das instituições e agilizando os processos”.

O prazo de carência nas operações de 1º Piso, referentes a Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) ou instituições de microcrédito produtivo orientado, que emprestam a microempreendedores de forma direta, foi elevado de 24 para 36 meses. Nas transações de 2º Piso, que envolvem repasse de recursos do BNDES para instituições de crédito de maior porte que repassam para Oscips poderem efetuar os empréstimos a microempreendedores, o prazo passa a ser de 60 meses.

“A vantagem de fazer o 2º Piso, disse Montoro, é porque com uma operação você consegue atingir um grande número de instituições. Cooperativas de crédito, por exemplo. Tem a central que pode repassar o recurso para até 50 cooperativas singulares. Você aumenta muito o número de instituições atendidas e de microempreendedores atingidos”, afirmou.

Montoro acredita que as medidas introduzidas no programa poderão aumentar em cerca de 50% o valor da carteira de microcrédito, nos próximos dois anos, passando de R$ 80 milhões para R$ 120 milhões. O volume de desembolsos do anterior Programa de Microcrédito do BNDES (PMC) atingiu, até dezembro do ano passado, R$ 95 milhões. As 40 operações contratadas no PMC totalizaram cerca de R$ 125 milhões.

O Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), do Ministério do Trabalho, estabelece o valor máximo de empréstimo de R$ 15 mil por microempreendimento. O faturamento máximo desses microempreendimentos, definido pelo BNDES, é de R$ 240 mil/ano. Guilherme Montoro revelou que a grande maioria dos empréstimos tem valor médio entre R$ 1 mil e R$ 2 mil.

terça-feira, 16 de março de 2010

Microcrédito - 10 perguntas para Muhammad Yunus


Entrevista concedida pelo banqueiro dos pobres Muhammad Yunus à revista Istoé Dinheiro em 12.03.2010

Vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2006, o economista bengalês Muhammad Yunus é conhecido mundialmente como o banqueiro dos pobres.

Por Nicholas Vital
Fundador do Grameen Bank, instituição dedicada ao microcrédito, Yunus deve abrir em São Paulo, ainda neste ano, sua primeira subsidiária na América Latina. Segundo ele, os pobres de Bangladesh enfrentam os mesmos problemas e desafios dos pobres em qualquer parte do mundo. Em entrevista à DINHEIRO, Yunus conta como pretende ajudar a reduzir a pobreza no mundo.
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"Em cinco anos, poderemos atender 10 mil famílias no Brasil"

DINHEIRO – O que levou o senhor a fundar um banco dedicado exclusivamente aos pobres?
YUNUS –
 Os bancos tradicionais não possuem serviços que atendam às necessidades dos pobres, o que diminui consideravelmente a possibilidade de geração de renda. Eu acredito em um sistema bancário mais democrático. O Grameen Bank tem a missão de levar o microcrédito ao maior número de pessoas possível.
DINHEIRO – O que mudou no Grameen Bank desde que o senhor ganhou o Prêmio Nobel?
YUNUS –
 Este é um prêmio que chama a atenção do mundo todo. É uma oportunidade de mostrar um projeto que vem crescendo ano após ano. Antes eu achava que ninguém estava prestando atenção em mim, como se eu gritasse e ninguém escutasse. Mas agora, eles escutam.
DINHEIRO – Como a crise afetou o banco?
YUNUS –
 Felizmente, a crise não nos afetou. Desde que o banco surgiu, em 1976, tem dado lucro. O Grameen Bank é 100% sustentável. Não dependemos de doações.
DINHEIRO – Com a crise, mais pessoas ficaram mais pobres?
YUNUS –
 A crise afetou pobres em todo o mundo, especialmente em países em desenvolvimento, que dependem muito de dinheiro público. Não tenho dados sobre o aumento de pobres. Nosso número de clientes se manteve estável.
DINHEIRO – O que trouxe o Grameen Bank ao Brasil?
YUNUS –
 Hoje vemos uma grande oportunidade no Brasil. O País é a maior economia da América Latina e vai sediar as Olimpíadas de 2016. Porém, a pobreza e a desigualdade social permanecem em níveis altíssimos nas áreas menos desenvolvidas. Queremos repetir o sucesso que tivemos nos Estados Unidos.
DINHEIRO – Quantos clientes o banco já tem nos Estados Unidos?
YUNUS – 
Nossa base em Nova York concedeu mais de dois mil empréstimos em apenas dois anos de operação. A intenção é ir a todos os países que nos convidem e providenciem o capital inicial necessário.
DINHEIRO – Do ponto de vista cultural, qual a diferença entre o pobre no Brasil e o pobre em Bangladesh?
YUNUS – 
Não vejo muita diferença. Os pobres de Bangladesh enfrentam os mesmos problemas e desafios dos pobres em qualquer parte do mundo, incluindo o Brasil. O modelo bancário adotado pelo Grameen Bank pode funcionar em qualquer lugar que tenha pobreza.
DINHEIRO – O que o senhor espera das atividades do Grameen Bank no Brasil?
YUNUS –
 A meta é ter um projeto de microcrédito que seja sustentável em até cinco anos. Vamos começar com apenas uma base, mas a ideia é expandir nossas operações.
DINHEIRO – Quantas pessoas podem ser beneficiadas pelo Grameen Bank no País?
YUNUS – 
Baseado na performance média de nossas outras operações, em cinco anos poderemos ter uma carteira com até 10 mil famílias. Nossa missão é levar os benefícios dos serviços bancários, como o microcrédito, para reduzir a pobreza. Seja lá onde for.
DINHEIRO – É possível acabar com a pobreza de uma vez por todas? 
YUNUS –
 Acredito que sim. Nossa missão é financiar projetos para que as pessoas mudem suas vidas. E isto pode acontecer em qualquer lugar do mundo.

Blackberry entra no jogo


A canadense RIM começa a fabricar smartphones no Brasil. Com preços menores, vai brigar pelo consumidor final

Por Rodrigo Caetano
De futebol eles não entendem muito. Mas em matéria de telefones celulares, os canadenses da RIM (Research in Motion) podem ser comparados a seleções revolucionárias, como a da Holanda, de 1974, ou a da Hungria, de 1954. São eles que criaram e fabricam o BlackBerry, telefone inteligente (smartphone) que virou hit no mundo dos negócios.
 
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"Quando você tem os fundamentos e a tática correta, é possível crescer mais de 1.000%" 
Jim Balsillie, copresidente da Research in motion

 
É possível dizer que um executivo sem um BlackBerry é quase como um jogador de futebol sem chuteiras. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, brigou para poder usá-lo no exercício do cargo. Só que agora a empresa quer jogar também em outro campo: o do consumidor final brasileiro. Para isso, está iniciando a produção terceirizada de celulares na fábrica da Flextronics, em Sorocaba, São Paulo.
O modelo que inaugura a fabricação local, o Curve 8520, é recheado de aplicativos para o uso de redes sociais e compartilhamento de fotos e vídeos. Bem ao gosto do público jovem. “Quando você tem os fundamentos e a tática correta, é possível crescer mais de 1.000%”, afirmou Jim Balsillie, copresidente da empresa, que esteve no Brasil, na semana passada, para fazer o anúncio sobre a fabricação local, que foi antecipada por DINHEIRO na edição 606, de maio de 2009.
A frase de Balsillie foi cuidadosamente calculada. A RIM chega ao mercado brasileiro mostrando as suas credenciais: crescimento de vendas de mais de 1.300%, um milhão de BlackBerrys comercializados e uma fatia de 2,3% do mercado em 2009. Pouco? Sim, muito atrás da Nokia, a líder do segmento de celulares, e das coreanas LG e Samsung.
Mas, no quesito smartphone, a empresa canadense está atrás apenas da Nokia e à frente da Apple, com o seu badalado celular iPhone. O desafio da RIM para aumentar essa participação é convencer o mercado de que o seu celular pode ser atraente também para o consumidor final e não apenas para executivos engravatados.
 
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Em busca do público jovem: o Curve quer atrair os adolescentes com aplicativos para uso 
de redes sociais e compartilhamento de fotos e vídeos
Lá fora, esse mito já começa a ser derrubado. No Brasil, esse é o desafio. Um dos trunfos é a fabricação local, que vai deixar o aparelho, em média, 30% mais barato, pois ganha incentivos fiscais semelhantes aos de um computador. “Podemos esperar um posicionamento mais agressivo tanto da RIM como das concorrentes”, diz a analista da consultoria Gartner, Elia San Miguel. No ano passado, de acordo com dados da consultoria, os smartphones representaram 5,7% das vendas totais de aparelhos celulares no Brasil.
Este ano, o porcentual deve chegar a 8,6%. Em média, os consumidores brasileiros levam 18 meses para trocar de celular, destaca João Bruder, analista de telecomunicações da consultoria IDC. Ao final de cada ciclo, a tendência é de troca por um aparelho mais potente, com mais recursos. “Os telefones inteligentes aparecem quase sempre como a primeira opção”, diz.
O mercado de smartphones é considerado a nova “terra prometida” dos celulares. Tanto que tem atraído uma série de gigantes, como Google, Microsoft e Apple. Todas estão interessadas em um universo de cinco bilhões de pessoas, número estimado dos assinantes de serviços de telefonia móvel no mundo ao final de 2010. “Estamos aqui para anunciar o início da produção em março, não para dizer que vamos fabricar no Brasil um dia”, disse o copresidente da RIM, Jim Balsillie, dando a entender que vai disputar o mercado brasileiro com fome de bola. Enfim, as estratégias estão lançadas e o jogo está apenas começando. Uma conclusão, porém, já é possível: para a RIM, a melhor defesa é o ataque.

RIM vai fabricar BlackBerry no Brasil

Empresa confirma informação antecipada pela DINHEIRO e anuncia acordo com a Flextronics para a fabricação dos celulares
Por Rodrigo Caetano
A RIM (Research in Motion) confirmou a informação antecipada pela DINHEIRO e anunciou que vai começar a produzir os aparelhos BlackBerry no Brasil. A empresa fechou um acordo com a Flextronics, que produz equipamentos para diversas marcas. Inicialmente, a empresa irá fabricar o modelo Curve 8520, voltado para jovens e para o uso em redes sociais.
Segundo a assessoria de imprensa da RIM, ainda não há data estabelecida para o início da produção. O copresidente executivo da empresa, Jim Basillie, está no Brasil para anunciar a iniciativa. A expectativa é que outros modelos sejam fabricados no país.
A RIM possui 2,3% de participação no mercado brasileiro de celulares, de acordo com dados da consultoria norte-americana Gartner Group. No ano passado, ela chegou a 1 milhão de aparelhos vendidos. O crescimento das vendas da empresa no País ultrapassa 1.300%. Em 2008, apenas 93,9 mil unidades do BlackBerry foram vendidas.O badalado IPhone, da Apple, registrou vendas de 324 mil unidades no Brasil no mesmo período.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Anatel avalia modelo para teles virtuais

Danilo Fariello, de Brasília
12/03/2010

O corpo técnico da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) considera o projeto de criação das operadoras móveis virtuais ainda aberto a aperfeiçoamentos, até sua avaliação final prevista para julho. Ontem, na última audiência pública sobre a Mobile Virtual Network Operators (MVNO), como é chamada, representantes da agência afirmaram não descartar a criação do sistema ainda este ano, mas indicaram poder ceder a certos pleitos das teles. Entre eles, está a definição de regras mais claras sobre a obrigatoriedade de aceitarem negociar acordos com empresas que se interessem por montar uma rede virtual.

O conceito de MVNO já é popular em diversos países do mundo. Na Europa e nos EUA, empresas de varejo ou de produtos de consumo, como a Virgin e a Red Bull, vendem celulares em parceria com as operadoras. No Brasil, redes como Carrefour e Pão de Açúcar já mostraram interesse. Para o usuário, o produto pode funcionar como um cartão de crédito oferecido por magazines que agregam promoções específicas aos clientes das lojas, entre elas, o pagamento da conta por meio do celular ou receber informações de descontos via torpedo.

Para a Anatel, essa é uma forma de manter o crescimento vertiginoso da telefonia móvel, de gerar maior competição nesse mercado e de oferecer aos usuários serviços agregados à telefonia, explica o gerente de regulamentação, Bruno de Carvalho Ramos. Segundo Antonio Bedran, conselheiro da Anatel, o assunto deverá ser avaliado pelo conselho diretor até julho.

Ramos comenta que a Anatel poderá avaliar mudanças na proposta. Um exemplo seria rever prazos e definir mais claramente regras para as operadoras descartarem uma negociação com parceiro interessado na MVNO. Conforme a regra em discussão, a operadora não é obrigada a aceitar parcerias, mas tem de justificar isso em até 60 dias à Anatel. Para a agência, não há risco de as operadoras se fecharem a parcerias nesse mercado, porque isso poderá significar maior receita para elas, já que compartilharão os valores pagos pelos usuários.

Em discurso durante a audiência, porém, a Oi voltou a mostrar suas preocupações com relação à criação das MVNO. Para a consultoria LCA, contratada pela Oi para estudar o setor, o mercado atualmente já é competitivo e, por ainda estar em fase de maturação, seria cedo para a Anatel regulamentar a MVNO. "Os consumidores não terão benefício no curto e no longo prazo", concluiu o estudo encomendado à LCA.

Segundo Ramos, a Anatel quer ser abrangente na proposta, oferecendo mais estímulos a novos serviços do que restrições. "Não temos ideia de quantos serviços podem ser criados", disse o gerente-geral de comunicações pessoais terrestres da Anatel, Nelson Takayanagi. Entre as possibilidades aventadas estão o rastreamento por celular e o uso do aparelho como meio de pagamento por bancos.

Para Takayanagi, com as redes virtuais as operadoras poderiam concentrar investimentos em infraestrutura. "Vão deixar o varejo para quem entende de varejo." A Anatel já foi procurada por diversas instituições interessadas na MVNO, inclusive igrejas.

Contribuições à proposta da Anatel podem ser feitas até o dia 22 e, depois disso, a regra final para a MVNO ainda vai à avaliação do conselho da agência.

Da lista de penhora ao arrombamento

O que dizem os projetos de lei e de lei complementar que estão na Câmara.

Principais pontos:
1 - Diretores e gestores de empresas terão que assumir o compromisso de acompanhar e exigir o cumprimento das obrigações tributárias das entidades que representam.
2 - O administrador ou gestor de uma empresa poderá responder subsidiariamente pelo pagamento de débitos de uma empresa com o Fisco nas seguintes situações:
a)Deixar de provar que empregou, no exercício de sua atividade, o cuidado e diligência que se costuma dispensar à administração de negócios;
b)Alienar ou dar em garantia quaisquer bens sem que sejam garantidos os créditos da Fazenda Pública;
c) Ter distribuído lucros, dividendos, bonificações ou juros sobre capital próprio a partir da data de vencimento do tributo que não tenha sido quitado.

3 - Quem for notificado e não efetuar o pagamento do débito, não solicitar parcelamento ou não prestar garantia integral da cobrança terá que fazer uma lista de todos os bens que possui para possível penhora por parte do governo.

PROJETO 5.080

O projeto de lei muda o mecanismo de cobrança da dívida ativa e permite a penhora de bens pelo governo antes mesmo de uma decisão judicial.

Principais pontos:

1 - O projeto cria um sistema de investigação patrimonial com acesso a todos os dados financeiros e patrimoniais das pessoas físicas;

2 - Autoriza que as penhoras sejam feitas por oficiais da Fazenda Pública sem a interferência do Poder Judiciário;

3 - Determina ao Judiciário que autorize aos oficiais de Fazenda poderes de arrombamento;

4 - Sujeita todas as medidas apenas a um posterior crivo da Justiça.

PROJETO 5.081

Cria mecanismos de cobrança de créditos inscritos em dívida ativa da União, das autarquias e das fundações públicas federais e regulamenta a apresentação de garantias extrajudiciais.

Principais pontos:

1 - O contribuinte poderá oferecer garantias extrajudiciais para os débitos inscritos em dívida ativa, como depósito em dinheiro, fiança bancária e hipoteca de imóveis, navios e aeronaves.

2 - Os créditos inscritos na dívida ativa poderão ser extintos por meio da arrematação ou dação em pagamento, em leilão extrajudicial, de bens imóveis.

PROJETO 5.082

Estabelece a transação tributária, mecanismo pelo qual um contribuinte poderá negociar com a Procuradoria-Geral da Fazenda e Receita Federal formas de pagamento dos débitos tributários.

Principais pontos:

1 - Os contribuintes poderão apresentar uma única vez o pedido de transação tributária.

2 - As transações não poderão implicar negociação do valor do tributo devido.

3 - A Câmara Geral de Transação e Conciliação da Fazenda Nacional (CGTC), órgão que será criado, deve fixar os requisitos, forma e parâmetros para as transações.

Diretores poderão responder por débitos tributários da empresa

Renato Andrade

DEFESA - Para Luís Adams, as medidas são de interesse do Estado e não do governo pois ajudam a defender a sociedade dos sonegadores

Um dos principais problemas no pacote de mudanças na fiscalização tributária está no projeto de lei complementar que propõe alterações no Código Tributário Nacional. Se aprovadas, essas mudanças irão responsabilizar gestores e administradores por possíveis débitos tributários das empresas em que trabalham. Para que isso aconteça, basta que um fiscal argumente que o administrador deixou de provar que atuou com "cuidado e diligência" na gestão dos impostos.

Para Sidney Stahl, especialista na área de tributos da PRS&Z Advogados, a possibilidade de penhora sem decisão judicial representa uma inversão da ordem dos fatos e formaliza uma postura equivocada da área de fiscalização tributária, que sempre trata como má-fé qualquer infração cometida por um contribuinte. "Precisamos acabar com a supremacia do Estado sobre o cidadão do modo que foi construída no Brasil. É o Estado que deve servir às pessoas, não os cidadãos ao Estado", disse.

No documento da Ordem dos Advogados do Brasil-SP (OAB), que avaliou o pacote do governo e contou com o apoio de entidades como a Associação Comercial de São Paulo, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Fecomércio, os advogados paulistas fizeram duras críticas às propostas de alteração do Código Tributário e da Lei de Execuções Fiscais.

Anteontem, o advogado-geral da União, Luis Adams, defendeu o pacote de vigilância fiscal no Conselho Federal da OAB. Adams disse aos advogados que as medidas são de interesse do Estado, e não do governo, pois ajudam a defender a sociedade dos sonegadores.

O governo quer que os diretores e gestores de empresas assumam o compromisso de acompanhar e exigir o cumprimento das obrigações tributárias das entidades que representam. O Fisco quer também ter o direito de responsabilizar os administradores se eles alienarem ou derem em garantia quaisquer bens sem que antes tenham sido garantidos os créditos da Fazenda Pública. Vale o mesmo tipo de responsabilização se o gestor da empresa tiver distribuído lucros, dividendos, bonificações ou juros sobre capital próprio a partir da data de vencimento do tributo que não tenha sido quitado.

MATÉRIA ESPINHOSA

Apesar da movimentação no Congresso, as empresas contam com a paralisia do Congresso em período eleitoral para que as propostas atrasem a chegada ao plenário.

O governo enfrenta um problema, que joga a favor do contribuinte: a alteração do Código Tributário precisa ser aprovada antes das outras medidas, mas o projeto de lei complementar que trata do assunto terá de passar pelo crivo de pelo menos três comissões da Câmara, para depois ser votado em plenário e seguir para o Senado.

"A matéria é espinhosa e não é algo que você reúne a maioria e passa por cima da oposição", disse um técnico que acompanha a tramitação das propostas.

Motorola luta para reencontrar sua vocação

Ana Luiza Mahlmeister, de São Paulo
11/03/2010

Telefonia: Celular inteligente ganha destaque na estratégia da fabricante

A pressão competitiva na indústria de celulares faz vítimas ao longo do caminho. O consumidor é volúvel e elege seus favoritos ao sabor da inovação. Acompanhar esse ritmo tem exigido muita energia, investimentos e estratégias precisas para equilibrar os desejos dos assinantes e manter a rentabilidade. Particularmente para a Motorola, os últimos dois anos exigiram esforço extra para que a companhia encontrasse novamente sua vocação.

No último trimestre de 2008, a companhia teve um prejuízo global de US$ 3,6 bilhões. No ano passado, iniciou uma retomada discreta, mas constante. Este ano será decisivo, pois a empresa já jogou o que considera sua grande cartada: uma parceria com o Google para o sistema operacional Android. Esse movimento a coloca como participante do mercado que mais cresce atualmente, o dos aparelhos inteligentes (smartphones). Essa aliança com o Google também abre para o consumidor dos celulares da Motorola uma loja virtual com mais de 30 mil aplicativos.

À frente da subsidiária brasileira, Enrique Ussher destaca o trabalho do novo presidente mundial, Sanjay Jha, que nos últimos 18 meses redirecionou a companhia para atender, de forma mais focada, aos anseios dos consumidores. A parceria com o Google deu mais recursos para concorrer com as rivais Apple e RIM, fabricante do BlackBerry, e já resultou no lançamento de oito modelos de telefones inteligentes. Os resultados começaram a aparecer em 2009 com o crescimento da receita e a volta do lucro.

Dos oito aparelhos lançados mundialmente, três já estão no Brasil (Dext, Milestone e Backflip). O Quench, recentemente anunciado no Mobile World Congress, em Barcelona, chega ao país no fim do mês. A empresa não divulga números regionais, mas a matriz demonstrou a importância do mercado brasileiro ao escolhê-lo para o lançamento mundial do Backflip com o Android, por meio de uma parceria com a Vivo.

Todos esses aparelhos e os que chegarão ao mercado são produzidos na fábrica da Motorola em Jaguariúna, no interior de São Paulo, para consumo local e exportação. Só no ano passado, a empresa exportou US$ 557 milhões entre aparelhos, equipamento de rede IDEN, rádio bidirecional, módulos sem fio e scanners, sendo que os celulares representam a maior parte desse faturamento.

Para se diferenciar da concorrência do próprio Android em outros aparelhos (de fabricantes como HTC, Samsung e LG) a Motorola coloca uma camada própria de software, o Motoblur. O sistema integra diversas aplicações e melhora a interface do assinante com os programas residentes no aparelho. As redes sociais, por exemplo, podem ser agrupadas em uma única tela e são atualizadas de forma unificada. Os contatos dessas redes são agregados e sincronizados na agenda móvel, assim como o e-mail da empresa e o pessoal que podem ser acessados de uma única caixa postal.

Além da loja do Google - que dá acesso a uma ampla linha de programas -, a Motorola lançou em fevereiro, primeiro na China, uma loja própria de aplicativos, a Shop4 Apps, com sistemas testados e homologados para o Android. A loja não tem data para chegar ao Brasil, mas a empresa já iniciou um movimento para atrair desenvolvedores brasileiros para sua plataforma com o lançamento, ainda neste primeiro semestre, do programa mundial MotoDev, comunidade dos criadores de aplicativos.

O foco em aparelhos inteligentes traz um desafio extra para a subsidiária brasileira. No país, 80% da base de assinantes é de usuários de celulares pré-pagos que usam aparelhos mais simples. "Os aparelhos com sistema operacional Android e a camada Motoblur estão bem posicionados porque ao integrar funções, economizam tempo de transmissão de dados com a operadora", afirma Ussher. A tendência, segundo o executivo, é que esses aparelhos comecem a chegar ao mercado de massa até o fim do ano, quando seu preço médio deve cair dos atuais US$ 800 para US$ 150 (sem subsídio da operadora).

As escolhas da companhia começam a dar sinais positivos. Ussher aponta que nos Estados Unidos a participação de celulares Android no tráfego de dados aumentou de 6% para 21% nos últimos três meses de 2009, registrando o maior crescimento entre os sistemas operacionais, conforme pesquisa da companhia americana Change Wave Research. A mesma empresa mostra que a intenção de compra dos produtos Motorola no segmento de telefones inteligentes cresceu de 1% para 13% nos últimos meses de 2009, ano em que a companhia registrou a venda de 2 milhões de aparelhos inteligentes no mundo.

Fonte: Valor Econômico

Porque votarei no Jair Messias Bolsonaro

Prezados leitores, há muito tempo venho observando os políticos e procurando um bom motivo para não votar em Jair Messias Bolsonaro!!! Aí...