sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Faltam Técnicos para Telecomunicações

Uma boa notícias para quem já trabalha na área ou para quem pretende trabalhar. Matéria veiculada no Jornal Folha de São Paulo retrata a realidade do mercado das telecomunicações. A matéria mostra que há um déficit de 15 mil profissionais, e que esse déficit afeta as operadoras e fabricantes de equipamentos que já sofrem com a falta de engenheiros.

A matéria afirma que depois de 8 anos em queda, os salários voltarão a subir motivados pela grande procura e pouca oferta de profissionais. Segue abaixo a matéria:

Operadoras de telefonia e fabricantes de equipamentos de telecomunicação começam a enfrentar, além da escassez de engenheiros, falta de mão de obra técnica.
São instaladores de cabos, operadores de redes e projetistas de infraestrutura que não são formados em volume suficiente.

Estimativas apontam que o deficit será de 15,5 mil profissionais a partir deste ano, considerando operadoras de telefonia fixa e móvel, de infraestrutura de internet e fabricantes de equipamentos.

O problema é considerado grave especialmente diante do aumento nos projetos de telefonia de quarta geração (4G) e de expansão das redes de banda larga previstos para o próximo ano.
A falta de técnicos é superior à de engenheiros de telecomunicações, estimada em 10 mil profissionais.

A Ericsson, que fabrica equipamentos para infraestrutura de telecomunicações, viu sua força aumentar 84% nos últimos 18 meses.

Os 3.800 técnicos em instalação e integração de redes saltaram para mais de 7.000. Ainda assim, quase mil posições continuam em aberto. "Além de ser difícil encontrar profissionais qualificados, sentimos a alta rotatividade de quem já está na empresa", afirma Eduardo Ricotta, vice-presidente da Ericsson Brasil.

A operadora GVT tem encontrado dificuldades para recrutar mão de obra principalmente no Nordeste, onde não há grande volume de técnicos qualificados, e também no Sul, onde os que existem já estão empregados. "Competimos com o setor da construção civil, que está aquecido em salários e também precisa de técnicos em cabos e instalação elétrica", diz Gustavo Gachineiro, vice-presidente de Recursos Humanos da GVT. A empresa deve precisar de pelo menos mais 1.600 técnicos em 2012, que deverão se somar a 4.000 deles empregados atualmente.

FORMAÇÃO INSUFICIENTE
A análise dos números dos principais centros de formação do país mostra que a oferta de profissionais técnicos em telecomunicações é pequena quando comparada às necessidades do setor.
O Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) registra por ano 1 milhão de matrículas em 50 carreiras.
No Estado de São Paulo, onde está a principal demanda por profissionais, entretanto, formam-se por ano apenas 1.000 técnicos em telecomunicações.
Segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), nos últimos 11 anos o salário da mão de obra básica em telecomunicações caiu 22%, chegando a R$ 2.500, em média.
"Estamos num ponto de inflexão na remuneração do setor e a expectativa é que os salários voltem a subir", afirma Rodrigo Abdala, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea. 


Créditos: Camila Fusco - São Paulo.

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